quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Aos animais humanos, tudo, aos outros animais, a lei!

A lei Arouca já foi sancionada pelo presidente da república. Apesar disso nada vai mudar, pois os cientistas interessados na vivissecção continuaram com suas pesquisas vivisseccionistas, independente da lei municipal carioca. Lutaram desesperadamente para que a lei Arouca fosse aprovada. Em entrevista a uma revista de fomento à pesquisa, os cientistas interessados na vivissecção disseram abertamente que iriam desobedecer e ignorar a lei carioca.
Assim como trabalharam na ilegalidade com as células-tronco? O grupo que desenvolveu a primeira “linhagem brasileira” terá que prestar contas dos 17 milhões de reais do dinheiro público empregados na reprodução de uma técnica já existente e por isso incentivam outros grupos de pesquisa a usar as BR-1 em laboratórios brasileiros. Aliás, há urgência no uso das BR-1. Além de justificar o enorme investimento, o grupo que desenvolveu as BR-1 multiplicará em pouco tempo a quantidade de artigos científicos porque distribuirá as células-tronco a outros centros de pesquisa. Cada artigo gerado com as BR-1 levará o nome dos ‘criadores” das BR-1. Por isso sugerem que outros centros brasileiros não invistam no desenvolvimento de outras linhagens. Uma competição que significaria menos artigos para eles e mais dinheiro público investido sem necessidade na mesma área científica. A vantagem é dupla: prestígio profissional e salto da quantidade mediana de artigos publicados para dezenas de artigos em pouco tempo. E sem falar nas citações... Enquanto outros países estão a caminho de testes clínicos, o Brasil pretende iniciar maciçamente o estudo em animais, duplamente injustiçados pela lei Arouca e pela aprovação do estudo com células-tronco.
Detalhe da fala antropocêntrica e política da cientista: “os embriões humanos são material muito nobre e devem ser tratados com muita dignidade”. “Os testes em animais estão em alta”.

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